Ao alcance das mãos - entenda como a disposição dos produtos pode aumentar suas vendas


Você já ouviu falar de visual merchandising? Fundamental no varejo, ele diz respeito não apenas a forma como um produto é apresentado ao cliente, mas à toda a experiência de compra. Quem investe nessas técnicas tem mais chances não apenas de que o cliente consuma, mas de que retorne e torne-se um consumidor fiel. “A apresentação do ponto de venda precisa ser harmônica, convidativa e estimulante, afinal, quanto mais significativa for a experiência do cliente na loja, maior os pontos de contato que serão estabelecidos, e essas conexões são extremamente importantes para a fidelização da clientela”, afirma Monayna Gonçalves Pinheiro, professora de Visual Merchandising no Varejo de Moda, do Senac Penha.

Imagem retirada da internet
Ao unir técnicas de marketing e comunicação visual, o merchandising visual ajuda a dar vida ao produto no ponto de venda. Incluem-se ações de iluminação, sonorização, aroma e diversas formas de exposição de um produto. Para criar um projeto certeiro, o profissional responsável deve estudar a marca e o consumidor: define-se o trajeto que o cliente faz dentro da loja, os lugares mais importantes, onde posicionar os produtos especiais etc.

Tudo que quem entra na loja vê, sente ou toca por ser influenciado por essas ações. Apesar de serem aplicadas e eficientes em qualquer setor, a moda é um dos ramos em que tais técnicas são fundamentais: ajudam, por meio do design e a disposição dos elementos, a aumentar as possibilidades de venda. Além das vitrines e pontos fixos, o visual merchandising pode ser aplicado em vendas por catálogo, comércio eletrônico, exportação.  

Pensar nas alturas de exposição dos produtos, por exemplo, é muito relevante. Geralmente são utilizadas três medidas: a altura nobre, que fica ao alcance das mãos e dos olhos; a área fria, próxima ao chão, que traz certas dificuldades de acesso ao produto; e os locais a cima de um metro e oitenta, que também são de difícil acesso. “Na área mais alta é indicado utilizar elementos cenográficos para contar a história da marca ou que estejam ligados ao tema dos produtos. Se a loja vende roupas esportivas, por exemplo, pode-se utilizar como decoração imagens de competições e objetos como troféus”, indica Pinheiro.

Estima-se que clientes que se sentem acolhidos e confortáveis compram cerca de 40% a mais do que haviam planejado. O ponto deve ser convidativo e agradável visualmente, já que a maioria das nossas primeiras impressões são criadas pela visão. Ou seja: até em simples fruteiras, por exemplo, aquela que dispor os alimentos mais elegantemente parecerá ter frutas mais gostosas do que aquela que as organizou com displicência.  

Para locais pequenos é extremamente importante se preocupar com o espaçamento do mobiliário e como o cliente vai transitar dentro do espaço. Em muitos casos, os objetos dentro da loja podem ser verdadeiros obstáculos, como gôndolas mal posicionadas impedindo a passagem. O indicado é que os corredores tenham no mínimo um metro de distanciamento.

Entre as técnicas destacadas pelos profissionais está o posicionamento do caixa, que não fica ao fundo da loja por acaso. Ele está estrategicamente localizado para que o consumidor seja obrigado e percorrer todo o ambiente. Outras áreas importantes, como o provador, também devem estar ao fundo do estabelecimento. O momento do pagamento é a hora em que a pessoa vai refletir sobre o gasto que está fazendo. Nesta ocasião, é necessário que o atendimento seja ágil, para evitar filas e, consequentemente, evitar que o cliente pense no desembolso. Para isso, colocar pequenos produtos na área de finalização da venda ajudam a distrair os compradores e estimular a aquisição por impulso, geralmente de baixo custo, mas que agrega valor à compra.


Fonte: MSN.com
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