Em tempos de pandemia a visita presencial é substituída pela visita virtual e atrair usuários para o seu e-commerce é
fundamental, mas o trabalho do empreendedor não acaba aí. Para transformar a
visita em venda, é preciso oferecer uma experiência agradável: o usuário
precisa ser capaz de achar o que procura e realizar a compra em poucos cliques.
É nessa hora que as técnicas de usabilidade fazem toda a diferença. “Se a
empresa consegue atrair muita gente para o site, mas não fecha a venda, está
jogando dinheiro fora”, afirma Caio Ribeiro do Valle, fundador da Adin
Marketing. Segundo ele, o site deve ser organizado de maneira que o comprador
não tenha que pensar muito. “Resolver o problema em poucas telas deve ser a
prioridade do varejista”, diz Valle.A TAMBÉM
Um dos itens mais importantes para o sucesso do
e-commerce é a organização das categorias de produtos. “A classificação deve
seguir os processos mentais dos consumidores”, diz Edu Agni, designer e
especialista em UX.
Ele recomenda o uso de técnicas de card sorting, em
que usuários são convidados a agrupar cartões com produtos e depois criar
rótulos para os grupos. Recursos de busca inteligente, comparação de artigos e
resenhas de leitores colaboram para tornar a compra mais prazerosa. Mas a
preocupação maior do varejista deve ser reduzir o número de telas —
especialmente nos passos finais. “Não ofereça outros produtos nem o obrigue a
fornecer mais dados do que o necessário”, diz Agni. “Assim fica mais difícil o
cliente mudar de ideia no meio do caminho.”
Confira abaixo oito dicas para melhorar a taxa de
conversão do seu comércio eletrônico.
1. Facilite a busca
Cerca de um terço dos consumidores usa o recurso de
busca. Oferecer sugestões de preenchimento, sugerir sinônimos e incluir a lista
dos termos mais procurados são técnicas recomendáveis. A página de resultados
deve incluir o número de produtos encontrados e permitir a organização com
diferentes filtros (preço ou marca, por exemplo).
2. Explique, não complique
Na hora de organizar os produtos, é preciso buscar
equilíbrio entre a quantidade de categorias e o número de itens que cada
categoria abriga. Depois, busque o melhor nome para cada categoria.
3. Capriche nas fotos
Mostre o produto no fundo branco e em um ambiente.
“Exibir fotos de um item em situações reais faz com que o comprador consiga
imaginá-lo em seu dia a dia”, diz Agnim. “Trabalhe com três fotos em ângulos
diferentes”, diz Guilherme Kruger, diretor de novos negócios da Avanti!
Tecnologia e Marketing.
4. Deixe as regras à vista
Exponha de maneira clara para o consumidor quais
são as práticas do site, antes mesmo que ele defina a compra. “É importante
explicar as políticas de frete e de devolução, dizer se o cliente terá
condições especiais ao associar essa compra à de outro item e quais são as
formas de pagamento”, afirma Ribeiro do Valle, da Adin Marketing.
5. Dê espaço para a opinião
Boas fotos e descrições são fundamentais, mas nem
sempre resolvem. Muitos usuários fazem questão de checar a opinião de outros
compradores antes de decidir pela compra. Além de prever espaço para
comentários, incentive os compradores a deixar suas impressões sobre os produtos
adquiridos. Resenhas de especialistas também são uma boa pedida.
6. Use tecnologias de apoio
Em lojas de moda, por exemplo, vale a pena investir
em ferramentas que indiquem os tamanhos indicados, a partir dos dados
informados pelo usuário. A dica também pode ser aplicada em outros setores.
Sites que vendem ar-condicionado podem pedir ao usuário as características do
espaço, para indicar os aparelhos adequados.
7. Compare produtos
Para alguns segmentos, é estratégico oferecer um
recurso de comparação de características entre dois ou mais produtos. É o caso
de lojas especializadas na venda de smartphones, eletrônicos e
eletrodomésticos. A ferramenta ajuda o consumidor no processo de decisão de
compra, permitindo à loja virtual melhorar a conversão.
8. Crie botões eficientes
Os botões de ação merecem atenção especial. “É
importante que tenham cor contrastante com o site, para levar o consumidor ao
próximo passo”, afirma Kruger. O rótulo do botão deve ser de clara compreensão.
Para defini-lo, use testes A/B — em que duas opções são oferecidas aos usuários
para que se chegue, estatisticamente, à mais eficiente.
Fonte: Pegn