O pente-fino nos benefícios por incapacidade do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não vai verificar somente a situação física do segurado que recebe o auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez há mais de dois anos.
Imagem retirada da internet |
Peritos
do INSS podem vasculhar Facebook
para cortar auxílio de segurados, o pente-fino nos benefícios por incapacidade
do Instituto Nacional do Seguro Social(INSS) não vai verificar
somente a situação física do segurado que recebe o auxílio-doença ou
aposentadoria por invalidez há mais de dois anos. A revisão prevista para
começar neste mês vai inspecionar também as informações divulgadas pelos
segurados em redes sociais, como é o caso do Facebook.
De
acordo com o médico perito que participou da definição dos detalhes do
pente-fino, a perícia vai além do exame físico e analisa todos os dados
disponíveis em busca de entender a verdadeira situação do segurado avaliado.
Ele
afirmou ainda que esse tipo de pesquisa já pode ser considerada padrão.
Portanto, o segurado que exibe uma vida movimentada, feliz e festeira em seus
perfis nas redes sociais, e está recebendo um benefício por incapacidade, deve
ficar atento, pois o comportamento, ainda que simulado, pode ser usado para
considerá-lo saudável e apto a voltar ao mercado de trabalho.
Isso
já ocorreu anteriormente. No ano passado, a Advocacia-Geral da União (AGU), que
representa o INSS em ações judiciais,
apresentou as publicações de uma segurada de Ribeirão Preto, interior de São
Paulo, no Facebook para comprovar que, ao contrário do que afirmava, não tinha
depressão grave. A segurada chegou a receber o auxílio com o pedido
administrativo, mas foi à Justiça depois do corte do benefício. O órgão
apresentou publicações em que ela dizia se sentir animada e que o ano estava
sendo maravilhoso.
Indefinição
O
começo do pente-fino ainda depende da publicação de uma portaria
interministerial, que deve sair nos próximos dias. O governo interino espera
cortar 30% dos 840 mil auxílios concedidos há mais de dois anos. Também estão
na mira aposentadorias por invalidez mais antigas. O governo espera economizar
R$6,340 bilhões ao ano.
Fonte:
Agência Brasil / Portal Contábeis