Segundo aponta Desenvolve SP as mulheres superam homens na busca por financiamento de novos negócios.


Público feminino representa 55,6% dos créditos concedidos sem juros por programa de apoio a microempreendedores. 'Temos muitos planos', diz empresária que abriu livraria em Sertãozinho.

A nutricionista Cristiane Serra da Costa abriu uma livraria de publicações cristãs em Sertãozinho (SP). Com um crédito de R$ 20 mil, ela conseguiu ampliar os estoques e as expectativas de atender melhor os clientes.

Cristiane Serra da Costa procurou uma linha de crédito para ampliar sua livraria em Sertãozinho, SP — Foto: Reprodução/EPTV

"Temos muitos planos para aumentar o nosso negócio e com o giro normal da empresa seria um pouquinho mais longo esse sonho de se realizar", diz.

Cristiane e outras mulheres representam a maioria dos pedidos de financiamento feitos nos últimos quatro anos por microempreendedores individuais (MEIs) o Juro zero Empreendedor, um programa do governo estadual e do Sebrae que facilita a tomada de crédito para novos negócios.

Segundo dados da agência Desenvolve SP, 55% dos R$ 7 milhões oferecidos por financiamento sem taxas na parceria com o Sebrae foram destinados ao público feminino. Em todo o Estado, em torno de 520 pessoas foram atendidas pelo projeto.
Um dinheiro aplicado em diferentes setores para a aquisição de equipamentos, materiais de construção, veículos, softwares, entre outras ferramentas necessárias para a expansão dessas empresas.

"A mulher vê que, para ela poder gerar mais renda, precisa investir no próprio negócio. Historicamente até outros programas de financiamento têm como alvo a mulher porque normalmente ela depende dessa atividade, ou seja, a responsabilidade e a probabilidade de ela arcar com o compromisso assumido do financiamento e os seus pagamentos não se tornarem inadimplentes também são maiores", analisa Iroá Arantes, gerente regional do Sebrae em Ribeirão Preto (SP).

Segundo ela, grande parte das mulheres que buscam o financiamento optou pelo empreendedorismo como forma de continuar a manter o orçamento familiar depois de deixar funções com carteira assinada.

"Ela também tem esse papel de continuar sendo ali a provedora da família. Ela junta tudo isso com uma necessidade de empreender de uma forma mais flexível, mais adaptada a essas necessidades."

Microempreendedora há cinco anos e cabeleireira há 27 anos, Rosimar Defendi Silva melhorou, aos poucos, o salão de beleza que montou na garagem de casa, da venda de cosméticos ao espaço para o café para as clientes em Ribeirão Preto (SP).

Pensando em melhorar a estrutura do espaço, ela aderiu à linha de crédito do Sebrae com a Desenvolve SP para financiamento R$ 20 mil.



"Pretendo reformar o salão, porque passa um tempo a coisa vai se deteriorando. A gente tem que estar sempre investindo e deixando um bom lugar para as clientes, para elas terem uma experiência interessante na hora que vêm ao salão", afirma.

A cabeleireira Rosimar Defendi Silva, em seu salão em Ribeirão Preto (SP) — Foto: Reprodução/EPTV
Com a rotatividade do caixa, ela não conseguiria concretizar as mudanças que imaginou. "Com esse dinheiro você consegue fazer essa reforma, essas mudanças necessárias, tendo um respaldo de pagar uma prestação fixa por mês, fica bem mais fácil."

A gerente regional do Sebrae acredita que os créditos concedidos, em muitos dos casos, acabam se refletindo em negócios mais prósperos ao longo do tempo. "A gente já tem casos de financiamento que fizemos há menos de um ano, esse negocio cresceu, e inclusive deixou de ser MEI após o crédito ter sido tomado", exemplifica.

Fonte: G1 Ribeirão e Franca

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