Os 10,1 milhões de trabalhadores
que possuem saldo em contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço (FGTS) poderão sacar os recursos a partir de março.
A ordem dos saques deve ser baseada no mês de aniversário do trabalhador. A Caixa propôs
que a retirada seja feita até julho. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu
Padilha, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que esse cronograma foi aprovado
pelo presidente.
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No entanto, outro ministro, sob
condição de anonimato, disse que o período pode ser maior, de seis a oito
meses. "Há problemas operacionais para a Caixa administrar
uma demanda tão grande. Isso ainda está em discussão", afirmou. Segundo
ele, no entanto, a intenção é que os saques ocorram no menor tempo possível, se
possível a maior parte no 1.º semestre, para que a injeção de
recursos ainda surta efeito na retomada da economia ainda neste ano.
Nesta quinta-feira (19/1), o presidente
Temer negou que haja qualquer modificação em relação ao anúncio que o governo
federal havia feito no mês passado sobre liberar o total dos recursos
nas contas inativas do FGTS. Em discurso durante o lançamento do pré-custeio do Plano
Safra 2016/2017, em Ribeirão Preto (SP), Temer falou que não há
possibilidade de impedir a retirada de dinheiro por parte de 2% ou 3% das
pessoas com recursos retidos no fundo, como foi publicado na
imprensa."Quero esclarecer que não houve nenhuma modificação, quem tiver
dinheiro nas contas inativas vai sacar por inteiro, qualquer
valor", afirmou o presidente. Ele destacou que a medida vai ajudar o
trabalhador a pagar dívidas e representa mais de R$ 30 bilhões na economia.
De acordo com dados oficiais,
há atualmente 18,6 milhões de contas inativas há mais de um
ano, com saldo total de R$ 41 bilhões. A estimativa do governo é que 70% das
pessoas com direito ao saque procurem a Caixa para ter acesso aos saldos das
contas. Para os defensores da ideia, os saques não vão causar impacto significativo
no saldo do FGTS, que é da ordem de R$ 380 bilhões.
Assim que foi divulgada essa medida,
como pacote de presente de Natal do governo, o setor da
construção criticou a decisão de liberar o saldo total das
contas inativas. A primeira ideia do governo era limitar entre R$ 1 mil e R$
1,5 mil. Na última hora, o presidente foi convencido com o argumento de que 86%
dessas contas têm saldo inferior a R$ 880 (salário mínimo de 2016).
Construtoras e incorporadoras, no entanto, protestaram e disseram que 2% das
contas detinham valores muito elevados e que esses recursos
não seriam injetados na economia rela mas apenas aplicados em
outros investimentos mais rentáveis.
A Caixa chegou a propor um teto de 10 salários mínimos atuais (R$ 9.370,00), mas o presidente teria decidido imediatamente, segundo relatos de fontes que estavam na reunião, que não colocaria restrição ao valor dos saques. Para um ministro, é equivocada a ideia de que esses recursos dos trabalhadores que detêm grandes volumes nas contas inativas não vão movimentar a economia. Segundo ele, podem ser justamente esses trabalhadores que aproveitem a oportunidade para aumentar o consumo de bens de grande valor.
A Caixa chegou a propor um teto de 10 salários mínimos atuais (R$ 9.370,00), mas o presidente teria decidido imediatamente, segundo relatos de fontes que estavam na reunião, que não colocaria restrição ao valor dos saques. Para um ministro, é equivocada a ideia de que esses recursos dos trabalhadores que detêm grandes volumes nas contas inativas não vão movimentar a economia. Segundo ele, podem ser justamente esses trabalhadores que aproveitem a oportunidade para aumentar o consumo de bens de grande valor.
Fonte: Pegn.globo